A fase de transição para a menopausa, que pra maioria das mulheres ocorre entre 47 e 52 anos, é marcada por diversos sintomas que vão aparecendo gradualmente, além dos clássicos calorões e irregularidade das menstruações. Muitos são sintomas que podem ter outras causas também, trazendo dificuldade diagnóstica.
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À medida que a mulher se aproxima da perimenopausa, tornam-se comuns as mudanças no fluxo e na frequência menstrual. Algumas poucas mulheres simplesmente param de menstruar um dia e nunca mais têm outra menstruação. Para cerca de 90% das mulheres, as mudanças no ciclo menstrual duram de 4 a 8 anos antes de a menstruação parar de vez. A maioria relata menstruações irregulares, causadas por produção errática de hormônios pelos ovários e ovulações menos frequentes. Inicialmente, as mudanças nos ciclos menstruais podem ser sutis, mudando progressivamente. Apesar da variedade possível de padrões menstruais, cada mulher sabe que, para ela, alguma mudança ocorreu.
Para algumas mulheres, as menstruações podem se tornar mais problemáticas nesse período, levando a sangramentos prolongados, por vezes com fluxo intenso, dores e até anemia. Para esses casos, é necessário utilizar medicamentos, geralmente hormonais à base de progestágenos, para controle do sangramento. O DIU hormonal costuma ser uma das melhores opções de tratamento nessa situação, na medida em que apresenta menos efeitos colaterais e garante também a proteção contraceptiva ainda necessária na perimenopausa.
Em alguns casos, principalmente quando há diagnóstico de miomas, endometriose ou adenomiose, poderá ser considerada a retirada do útero (histerectomia). É uma cirurgia que pode ser realizada de forma minimamente invasiva, com ótima recuperação, resolvendo em definitivo o problema dos sangramentos e tornando mais fácil o tratamento da menopausa (mulheres sem útero não precisam utilizar progesterona, tendo também menor risco de câncer de mama associado à terapia hormonal). Saiba mais sobre a histerectomia clicando AQUI.
O sintoma mais comum relacionado à menopausa é o fogacho (calorão). Acredita-se que os fogachos resultem de alterações no hipotálamo, a parte do cérebro que regula a temperatura corporal. O hipotálamo percebe que a mulher está quente demais e inicia uma sucessão de eventos para esfriar o corpo.
As veias sanguíneas perto da superfície da pele se dilatam (se alargam) para deixar o sangue fluir mais e diminuir o calor do corpo. Em mulheres de pele clara, isso deixa o rosto e o pescoço vermelhos, afogueados. Também pode ocorrer suor, para esfriar ainda mais o corpo. Algumas mulheres sentem batimentos cardíacos acelerados, conforme sua pulsação acelera. Os fogachos são muitas vezes seguidos por calafrios. Algumas mulheres sentem somente o calafrio.
Quando acontecem à noite, os fogachos podem interferir no sono, mesmo que não sejam fortes o suficiente para acordar a mulher. A irritabilidade e fadiga características da perimenopausa costumam ser em parte causadas pelo prejuízo na qualidade do sono.
Mais de 75% das mulheres têm fogachos durante a perimenopausa. Mulheres cujos ovários tenham sido removidos, induzindo a menopausa cirúrgica, frequentemente têm fogachos intensos que começam logo após a cirurgia e duram mais tempo do que em mulheres que chegaram à menopausa naturalmente.
A maioria das mulheres vai ter fogachos durante 3 a 5 anos até que esse sintoma comece a diminuir. Enquanto algumas mulheres nunca terão fogachos, ou só têm esse sintoma por alguns meses, outras têm fogachos por muitos anos, até a faixa dos 70 anos ou mais. Um estudo recente sugere que quanto mais cedo começa o fogacho, mais tarde termina. Não há modo confiável para prever quando os fogachos vão começar – ou terminar. Os fogachos geralmente aumentam com o estresse e podem estar associados a ansiedade e palpitações (batimentos cardíacos acelerados). A sensação inquietante que antecede um fogacho pode parecer um "ataque de pânico" em algumas mulheres.
Apesar de existirem medidas que podem ajudar a amenizar os fogachos (como meditação, acupuntura, massagens, medidas comportamentais, alguns suplementos alimentares e fitoterápicos), o principal tratamento para esse sintoma é a terapia hormonal (é o único com comprovação baseada em evidências científicas e aprovado pelas sociedades médicas para o alívio desse sintoma).
No geral, tanto mulheres quanto homens relatam um sono mais inquieto à medida que envelhecem. Mas muitas mulheres têm distúrbios do sono (insônia) por volta da menopausa, especialmente se as alterações hormonais provocam fogachos à noite. A irritabilidade e fadiga características da perimenopausa muitas vezes podem ser em parte causadas pelo prejuízo na qualidade do sono.
O tratamento dos problemas para dormir deve começar com uma boa "higiene do sono". Confira as recomendações sobre isso clicando AQUI.
As mulheres na perimenopausa às vezes relatam vontade de chorar, oscilações de humor, falta de energia, ansiedade, ataques de pânico e desânimo ou falta de coragem para enfrentar as coisas. Das mulheres de meia-idade, 43% reclamam da falta de energia durante a transição da menopausa e dois anos após a menopausa. Alguns estudos mostraram que a menopausa pode contribuir para a depressão. Não está claro se esses sintomas de humor estão relacionados ao declínio flutuante e permanente dos níveis hormonais do ovário; é verdade, contudo, que a falta de sono, associada a suores noturnos, frequentemente resulta em fadiga, irritabilidade e instabilidade emocional. Alterações hormonais abruptas durante a perimenopausa também podem piorar esses sintomas.
Durante os anos reprodutivos, a maioria das mulheres acaba se acostumando com os seus ritmos hormonais. Na perimenopausa, esse ritmo muda, e as oscilações hormonais – mesmo que sejam normais – podem criar uma sensação de descontrole que pode ser desconcertante. A depressão durante a perimenopausa é frequentemente associada ao histórico de depressão anterior (incluindo síndrome pré-menstrual e depressão pós-parto), a uma transição da menopausa mais longa ou a sintomas severos relacionados à menopausa, como fogachos. Tudo isso sugere uma vulnerabilidade às mudanças hormonais em algumas mulheres.
Outras causas de distúrbios de humor durante a perimenopausa incluem distúrbios da tireoide, efeitos colaterais de medicamentos e fontes de estresse cotidianas. Algumas mulheres podem enfrentar outros desafios na meia-idade, como problemas de relacionamento, divórcio ou viuvez, brigas com adolescentes, retorno de filhos adultos para casa, infertilidade indesejada e preocupações com pais idosos, além da carreira e problemas financeiros. O envelhecimento também pode ser difícil em uma sociedade que valoriza a juventude.
As mulheres na meia-idade frequentemente passam por mudanças no autoconceito, na autoestima e na imagem corporal. Elas podem começar a pensar sobre o fato de serem mortais e sobre o significado ou o propósito de suas vidas. Esse período pode ser uma oportunidade para transformações positivas e amadurecimento, mas algumas mulheres podem se sentir oprimidas, fora de controle, com raiva ou entorpecidas. Embora a maioria dos problemas psicológicos não seja causada pela menopausa, é compreensível que tais problemas possam surgir ou piorar nesse período. Apoio e encorajamento podem ajudar a mulher a prosperar novamente para viver anos que podem ser os melhores de sua vida.
As pesquisas mostram que os problemas sexuais são comuns em homens e mulheres de todas as idades, sendo que as mulheres estão duas ou três vezes mais propensas a serem afetadas pela falta de desejo – uma realidade bastante comum principalmente em relacionamentos de longa data.
Na menopausa, a produção reduzida de estrogênios do ovário pode contribuir para os fogachos e suores noturnos, perturbando o sono e diminuindo o interesse em sexo. A queda dos níveis de estrogênio também pode causar secura vaginal, tornando a relação sexual desconfortável.
A produção corporal de androgênios (especificamente a testosterona) diminui com a idade, também diminuindo o desejo sexual. Entretanto, muitas mulheres jovens na pré-menopausa, com altos níveis de androgênio, têm muitos problemas sexuais, enquanto mulheres mais velhas na pós-menopausa, com baixos níveis, permanecem bastante satisfeitas. Os principais fatores prognósticos de uma vida sexual satisfatória são a saúde física, o bem-estar psicológico e a qualidade do relacionamento – e não os níveis de testosterona.
As alterações hormonais são só uma parte de um conjunto complexo de fatores que influencia a função sexual na meia-idade e nos anos posteriores, independentemente de quando ocorreu a menopausa. Mudanças sociais, como filhos saindo de casa, a necessidade de cuidar da idade ou de pais doentes, ou uma "crise de meia-idade" do parceiro podem acontecer nesse momento da vida. Fadiga e estresse podem reduzir muito o desejo sexual. Outros fatores influentes incluem mudanças na imagem corporal e na autoestima, assim como preocupações acerca do envelhecimento. O interesse sexual após a menopausa também depende do nível de interesse sexual no passado e da importância da sexualidade para a mulher em sua juventude.
Frequentemente, um parceiro não está mais disponível nessa fase. Para as mulheres que estão em um relacionamento, o desejo sexual pode ser afetado por mudanças na aparência física do parceiro. Uma diminuição simultânea pode ocorrer no desejo e no funcionamento sexual do parceiro. A comunicação (ou a falta dela) entre os parceiros pode afetar o modo como eles reagem às mudanças cotidianas. Para sentir o desejo sexual, um relacionamento amoroso é muito importante para a maioria das mulheres.
Problemas médicos também podem resultar na falta de desejo sexual. Por exemplo, condições que causam dor, fadiga ou uma capacidade reduzida de movimento (como artrite), e problemas com a saúde mental (como ansiedade e depressão) podem ter um efeito negativo no interesse e na resposta sexual. Alguns medicamentos têm efeitos colaterais, os quais podem interferir na função sexual, como por exemplo os utilizados para tratar depressão e ansiedade, que tipicamente interferem na excitação ou na resposta sexual.
Por tudo isso, o tratamento das disfunções sexuais vai muito além dos hormônios. Mas, é fato que a terapia hormonal adequada, principalmente incluindo a testosterona, é capaz de melhorar significativamente a sexualidade da maioria das mulheres nessa fase. E além do tratamento hormonal, é fundamental que as mulheres busquem informações e procurem aprender mais sobre o universo da sexualidade. Confira um material com várias referências que o Dr. Igor e a Dra Tassiane indicam para suas pacientes, clicando AQUI.
No mundo moderno, quem é que não tem a sensação de viver cansado? E as mulheres na idade da menopausa (em torno de 50 anos) muitas vezes são sobrecarregadas equilibrando múltiplos papéis: o trabalho, os filhos, os pais idosos, como esposa etc. Então, esse é um sintoma que pode sofrer interferência de tudo isso.
Mas, de fato a perimenopausa/síndrome do climatério pode levar as mulheres a sentirem uma fadiga extrema, uma sensação física de esgotamento, como se a bateria do dia acabasse rapidamente. E esse sintoma também melhora substancialmente com a reposição hormonal adequada, principalmente quando é utilizada a testosterona (reposição androgênica) - embora ela seja tradicionalmente indicada para a melhora da sexualidade, tem também esse efeito de melhorar a sensação de disposição e energia.
É comprovado que homens e mulheres têm uma tendência a acumular peso com o envelhecimento, especialmente se não mantiverem hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios.
Entretanto, a falta progressiva de estrogênio nas mulheres da menopausa leva a um maior acúmulo de gordura na região do abdome (a mais perigosa para a saúde cardiovascular). Além disso, as variações hormonais impactando em oscilações do humor também podem contribuir para que a mulher tenha um pouco de compulsão alimentar. E outras modificações hormonais no organismo nessa fase também favorecem o maior acúmulo de gordura e maior dificuldade em perder massa magra.
Um dos benefícios comprovados da terapia hormonal da menopausa é a diminuição do acúmulo de gordura corporal total e na região abdominal. Esse efeito de melhora da composição corporal é potencializado quando se utiliza a testosterona, em associação com estrogênio (indicada para melhora da função sexual, mas que também favorece a queima de gordura e ganho de massa magra, em mulheres fisicamente ativas).
Emagrecimento e tratamento da obesidade é a principal área de atuação e destaque da Dra. Tassiane, na endocrinologia. Saiba mais clicando AQUI.
Dificuldade para lembrar das coisas ou para se concentrar são reclamações comuns durante a perimenopausa e nos anos que seguem a menopausa. Isso pode assustar as mulheres – elas podem achar que estão desenvolvendo problemas como a doença de Alzheimer ou outras demências (perda severa de capacidades intelectuais). Mas esse raramente é o caso.
Fogachos e problemas para dormir podem contribuir para as mudanças na memória e na concentração, assim como muitas fontes de estresse da meia-idade. A manutenção da atividade física, social e mental pode ajudar a prevenir a perda de memória. As estratégias para lidar com essa condição envolvem diminuir a carga horária de trabalho, evitar múltiplas tarefas e criar listas de tarefas.
A pele envelhecida passa por uma perda de colágeno e elasticidade, causando flacidez e rugas. A pele da mulher na menopausa também se torna mais seca e frágil. Em fumantes, os efeitos do envelhecimento na pele são mais pronunciados. Fumantes de longa data possuem mais danos na pele, e a exposição ao sol também causa o envelhecimento.
Além de evitar o cigarro e a superexposição solar, outros hábitos saudáveis para a pele incluem evitar o estresse, fazer exercícios e dormir o suficiente. Beber bastante água ajuda a manter a pele hidratada. A maioria das pessoas não bebe água o suficiente e a ação diurética de líquidos como café, chá, refrigerantes e bebidas alcoólicas diminuem a hidratação. Para evitar uma pele seca, deve-se evitar banhos quentes com o uso de sabonete. O uso de óleo para banho ou loções hidratantes, aplicados imediatamente após o banho na pele molhada, ajuda a manter a pele hidratada e mais resistente aos danos.
Algumas mulheres terão acne por volta da menopausa, geralmente devido à alteração de equilíbrio entre os hormônios androgênio e estrogênio (os níveis de estrogênio diminuem mais que os de androgênio). Mulheres que tiveram acne na adolescência terão, na maioria dos casos, acne na meia-idade. A acne em adultos aparece mais na parte baixa do rosto, principalmente no queixo e no pescoço. A acne em adultos raramente responde às terapias para a acne em adolescentes (loções, sabonetes, antibióticos), geralmente necessitando uso de outros medicamentos.
Por fim, os hormônios são muito importantes para a saúde da pele. Níveis menores de estrogênio na menopausa contribuem para uma diminuição - mais acelerada nos anos seguintes à menopausa - de colágeno e espessura da pele. Por isso, a terapia hormonal adequada é comprovadamente uma das formas mais eficazes de prevenir o aspecto envelhecido da pele após a menopausa, causado pela falta de estrogênios.
A falta progressiva de estrogênios na menopausa leva a modificações importantes na região genital feminina. Antigamente chamada de atrofia vaginal ou urogenital, atualmente o termo mais adequado é a "síndrome genitourinária da menopausa", que acomete até 85% das mulheres após a menopausa e tem um grande impacto na qualidade de vida e na função sexual.
Infelizmente essa condição é desconhecida ou ignorada pela maior parte das mulheres, como uma aceitação dos efeitos da idade, e só reconhecendo o problema após a abordagem pelo ginecologista. Os principais sintomas são ressecamento vaginal, falta de lubrificação e dor nas relações, ardência, coceira, dor para urinar, urgência urinária e infecções recorrentes.
A síndrome genitourinária da menopausa é uma das indicações primárias da terapia hormonal, uma vez que a reposição de estrogênio reverte todos esses sintomas. Quando a mulher não tem nenhum outro sintoma da menopausa (o que, na prática, é raro), o tratamento poderia ser feito somente com cremes vaginais de estrogênio.
Para mulheres que têm real contra-indicação para a terapia hormonal (principalmente mulheres que tiveram câncer de mama), a síndrome genitourinária da menopausa deve ser tratada com formas de energia intravaginal (laser, ultrassom microfocado, radiofrequência) e uso de hidratantes vaginais.
Embora até 50% das mulheres de meia-idade sofram de incontinência urinária, menos da metade procura ajuda médica. Elas podem se sentir envergonhadas ou acreditar que o problema não pode ser tratado. Na realidade, tratamentos podem frequentemente reduzir ou curar completamente o problema. A incontinência não é uma consequência inevitável do envelhecimento.
Os sintomas urinários, incluindo incontinência (perda involuntária de urina), se tornam mais comuns com a idade. À medida que a menopausa se aproxima, e durante os anos seguintes, a falta de estrogênio pode causar o afinamento do tecido da uretra e o enfraquecimento dos músculos pélvicos. Como resultado, as mulheres estão mais propensas à incontinência urinária.
Os dois tipos mais comuns de incontinência urinária feminina são a incontinência urinária de esforço (ou estresse) ou de bexiga hiperativa. A incontinência de esforço é causada pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. O sintoma mais comum é a perda involuntária de urina após tossir, rir, espirrar, pular ou carregar peso. A bexiga hiperativa é causada por uma musculatura excessivamente ativa ou irritada da bexiga. Os sintomas mais comuns são vontade súbita e urgente de ir ao banheiro com perda involuntária ocasional de urina. A incontinência mista é quando a incontinência de esforço e a bexiga hiperativa acontecem simultaneamente.
O tratamento da bexiga hiperativa é feito exclusivamente com medicamentos. Existem opções modernas, com custo um pouco maior, mas com excelente perfil de tolerabilidade e bem poucos efeitos colaterais.
Já a incontinência urinária de esforço, mais comum, é tratada principalmente com exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e é sempre indicada a avaliação de fisioterapeuta pélvica. Os exercícios são capazes de amenizar ou resolver as perdas urinárias em boa parte das mulheres, mas devem ser feitos regularmente.
Outras opções modernas de tratamento são as formas de energia: laser, ultrassom microfocado, radiofrequência. São aplicadas por meio de uma ponteira intravaginal e além de melhorarem a atrofia, podem melhorar a perda urinária de esforço leve a moderada.
O tratamento considerado definitivo para a perda urinária de esforço (ao tossir, espirrar etc) é cirúrgico - a chamada cirurgia de "sling". É a cirurgia uro-ginecológica mais realizada por mulheres na menopausa: um procedimento relativamente simples, de recuperação rápida e extremamente eficaz para resolver por completo a incontinência urinária. Para mais informações sobre a cirurgia de incontinência urinária, clique AQUI.
Outra mudança notada com frequência na meia-idade é a dor nas articulações. Cerca de 20% das mulheres podem piorar desse sintoma como parte da síndrome do climatério. Às vezes, as articulações estão doloridas ou rígidas pelo uso, mas deve-se consultar um profissional de saúde para excluir artrite, uma doença mais grave nas articulações. Osteoartrite, a forma mais comum de doença nas articulações, aumenta com a idade e afeta mulheres após a menopausa.
Pesquisas importantes estão em andamento para esclarecer a relação entre hormônios e artrite. Embora não exista cura para artrite, sentir dor e rigidez nas articulações não é inevitável. Exercícios podem manter a liberdade de movimentos. Manter um peso saudável irá ajudar com joelhos doloridos. Uma dor leve pode ser controlada com analgésicos, mas dores mais graves podem exigir medicamentos anti-inflamatórios mais potentes.
Em alguns estudos, o uso a longo prazo de suplementos de glucosamina mostrou aliviar a dor nas articulações sem efeitos colaterais graves (embora mulheres com alergia à frutos do mar devem evitá-lo). Também estão disponíveis muitas prescrições de tratamento. O profissional de saúde pode recomendar o melhor tipo de exercício para ajudar a aliviar a dor e, se necessário, tratamentos medicamentosos.
Há vários tipos de dor de cabeça, assim como várias potenciais causas. As dores de cabeça podem ser provocadas por infecções, problemas dentários e ligados aos seios paranasais; por alergias ou por algumas comidas (queijo envelhecido, vinho tinto); jejum ou refeições puladas; muito ou pouco sono; mudanças emocionais (estresse, ansiedade, raiva, entusiasmo) e mudanças no ambiente (barulho, luzes brilhantes, ou mudanças no clima, pressão atmosférica ou altitude). Esses desencadeadores variam de pessoa para pessoa e podem afetar a mesma pessoa de maneiras diferentes.
Os estudos sugerem que os hormônios podem ter influência na enxaqueca. As mulheres que têm uma história de dores de cabeça nos períodos menstruais, ou durante o uso de contraceptivos hormonais, estão mais propensas a sentir dor de cabeça hormonal durante a perimenopausa. Dores de cabeças hormonais geralmente param quando a menopausa chega e os níveis hormonais passam a ficar consistentemente baixos. Entretanto, algumas mulheres podem continuar a ter dores de cabeça após a menopausa.
Diversos outros sintomas menos comuns já foram atribuídos à perimenopausa/menopausa. Alguns deles são: